Pages

terça-feira, 8 de novembro de 2011

CONTRABANDO


Como funcionava o esquema de contrabando envolvendo policiais

REGIÃO NEWS 
foto
Operação do Gaeco foi realizada no dia 24 de outubro e policiais recolheram documentos











Pelo menos 6 policiais do 2º Pelotão da Polícia Militar sediado em Sidrolândia e três da base operacional da Polícia Rodoviária Estadual na MS-060, saída para Campo Grande, operavam o esquema que garantia a passagem de produtos contrabandeados do Paraguai em troca do recebimento de propina. O propinoduto do contrabando estaria em funcionamento há oito anos.
Em média os contrabandistas pagavam R$ 500,00 de “pedágio” para não ter problemas com as barreiras policiais. A punição para quem se recusava a cooperar com a "caixinha" era a apreensão do que havia comprado em Pedro Juan Caballero. Naturalmente, o trânsito livre só era garantido nos dias em que policiais do grupo estavam de plantão.
Quem se encarregava de negociar e receber as propinas, passar informações aos contrabandistas era Reginaldo de Oliveira Antunes, o Bugão, que por quatro anos trabalhou como vigia do Ciretran, que fica praticamente em frente do quartel da PM. Reginaldo obtinha informações privilegiadas sobre barreiras e escalas de serviço porque bastava atravessar a rua para manter contato com seus amigos e parceiros do Pelotão da Polícia Militar, incluindo o subcomandante Laudelino Gonçalves, além de policiais como os cabos Valdir Ferreira, Vanilson Nogueira, o soldado José Rebelo Neto.  
Só agora, duas semanas depois da realização da Operação Holambra, dados das investigações são tornados públicos, a partir da leitura dos depoimentos dos presos e das informações levadas durante as investigações conduzidas pelos promotores do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
As investigações mostraram o envolvimento e levaram a prisão de uma lista de policiais que inclui ainda os PMs Jorge Carvalho Vicente; Antônio Carlos da Silva Fontoura , além dos policiais rodoviários estaduais,  Ernandes Alves Sales; Luciano Gomes e Fábio Wollameister.
A maioria dos 21 presos pela operação, entre eles os nove policiais, prestou depoimento e agora aguarda em liberdade o andamento dos processos. Os policias foram colocados à disposição do Comando da Polícia Militar em Campo Grande, enquanto não é concluído o inquérito policial-militar que pode recomendar a exclusão de todos eles da corporação.
Além dos policiais militares, a Operação Holambra revelou a participação de um ex-policial, Cleber Queiroz; do diretor do site sidrolândia News e motorista da ambulância, Diovane dos Santos (preso em flagrante por porte ilegal de munição ponto 50, 762, ponto 44 e calibre 22). Queiroz foi expulso em 2010 pelo comandante da PM após sindicância instalada em Sidrolândia.
Cleber recorreu, mas em março de 2011 a Justiça Militar negou a volta dele aos quadros da Polícia Militar. Também há indícios de participação do moto-taxista Ulisses Leandro da Silva Brandão e do comerciante José Ademir Gabardo. Ele é dono de uma loja de R$ 1,99 que teve parte do estoque apreendido pela Receita Federal.
Outro preso pela operação foi Rinaldo Fernandes Pinheiros, o Zinaldo, dono de uma borracharia
Fonte: correio do estado

PARALIZAÇÃO DA POLICIA CIVIL"OPERAÇÃO CUMPRE -SE A LEI "


Policiais civis fazem operação por melhores condições de trabalho

Ação é articulada pelo Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul e promete parar Centro de Polícia Especializada

 
Sindicalistas pela manhã no Cepol. (Foto: Divulgação)

A ação começou na manhã desta segunda-feira e é articulada pelo Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul). Pela manhã, os sindicalistas distribuíram aos policiais que trabalhavam cartilhas com orientações sobre os direitos e deveres da atividade profissional.Por melhores condições de trabalho, policiais civis fazem nesta semana a operação “Cumpra-se a Lei”. Eles prometem parar o Cepol (Centro de Polícia Especializada), em Campo Grande.

“Queremos chamar a atenção dos nossos governantes e da população de que o policial civil precisa ser valorizado. Lutamos por melhores salários sim! Mas queremos também ser tratados com dignidade”, declarou o presidente do Sinpol/ MS, Alexandre Barbosa.
A operação tem por objetivo fazer ser cumprido à risca o que determina o regulamento do exercício profissional do policial, o que muitas vezes não acontece por falta de efetivo e condições adequadas de trabalho, como viaturas em perfeito estado de conservação, utilização de armas e equipamentos somente da administração pública.
O Sinpol promete paralisar as atividades do Cepol - onde estão reunidas cinco delegacias especializadas - na quarta-feira, a partir das 8 horas, até o mesmo horário de quinta-feira.
Conforme o Sindicato, a situação do prédio do Cepol é crítica, tendo sido até notificado pela Vigilância Sanitária ano passado em razão das precárias condições. Segundo o Sinpol, no laudo de Inspeção da Vigilância Sanitária constam irregularidades gravíssimas quanto aos aspectos físicos e saúde dos trabalhadores.
A diretoria protocolou uma representação no mês de setembro deste ano contra o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, cobrando providências, mas até o momento não foi atendida.
De acordo com relato dos próprios policiais, eles são obrigados a tirar dinheiro do bolso para comprar água, pois a delegacia está sem bebedouro há vários meses.
Operação: Para ‘lembrar’ os policiais, os procedimentos a serem adotados foram escritos na cartilha que está sendo distribuída. Entre as diversas situações colocadas na cartilha, de acordo com o sindicato, estão:
  • Fazer qualquer procedimento somente mediante Ordem de Serviço detalhada;
  • Ir ao local do crime, medidas protetivas, mandados de busca e apreensão e outras ações, só com a presença do delegado de Polícia;
  • Delegado deve estar presente, ditar e assinar tudo o que o escrivão digitar, principalmente, depoimentos e flagrantes
  • Nunca usar em serviço, material de sua propriedade: arma, notebook, celular, veículo etc
  • Só ir para qualquer missão com viatura em perfeito estado e devidamente vistoriada pelos órgãos competentes.
Fonte: campograndenews